domingo, 20 de abril de 2014

O Ultimo bolacha do pacote.



Toque de Gênio !!! Toque de Gênio!!! Toque de Gênio de Eder !!!
Olha o Doutor!!! Sócrates!!! Sócrates!! Sócrates!!!Gênio!!!
Não há palavras para descrever esse gol de Zico !!! É de placa! É de placa! É de placa...
Que Maravilha!!Demais, demais, demais !!!Que golaço, aço, golaço!!!

Luciano foi fantástico e foi também gênio do microfone e da televisão.

Peitou  e muitas vezes  venceu toda a estrutura megalomaníaca monopolizadora da concorrente. Mostrou o esporte em vários ângulos diferentes e com muita criatividade inseriu em nossas cabeças que existe vida além das lentes globais massificadoras.

Luciano, foi um Dom Quixote cujos sonhos  em muitos momentos se transformaram em realidade e destroçou alguns monstros que pareciam inatingíveis.

Me lembrarei sempre de suas narrações, mas com maior admiração ainda, do Guerreiro com a espada em punho se digladiando contra dragões infinitamente maiores que seu tamanho.

Hoje recebe as reverências de seu oponente , que foi obrigado a reconhecer a grandeza de um adversário que lutou de igual para igual em condições imensamente desfavoráveis.

Luciano também fez jogadas de gênio !!! Toques de gênio!!! Demais!!! De placa !!! Golaços aço !!

sábado, 19 de abril de 2014

O Ultimo dos Moicanos.

                               
                                     Essa semana, despediu-se do futebol e do São Paulo o polêmico dirigente Juvenal Juvêncio, e com ele a identidade que por décadas formou a estrutura de futebol que temos hoje e que ainda reluta em continuar com novos representantes.

Não se trata apenas da aposentadoria (possivelmente por problemas de saúde) de um gestor de clubes famoso. Trata-se talvez da saída do último dos lendários dirigentes que por muito tempo, ocuparam espaço manipularam e representaram o futebol brasileiro.

Sua formação é politica, onde ocupou alguns cargos eletivos, finalizando por militar com  desenvoltura na gestão do São Paulo FC (2006-2014), adquirindo fama  e conquistando 3 títulos brasileiros e uma Copa Sul Americana. 

Foi reverenciado e muito questionado durante suas gestões, sempre com aparições impactantes, frases de efeito e polêmicas, e sempre apresentando as características dos personagens representativos que fizeram história no nosso futebol.

Participou do programa Bola da Vez da ESPN, onde desfilou suas frases de efeito, seu carisma e habilidade política. Ficou evidente seu talento em conduzir as opiniões mesmo contra seus desafetos ou algum outro representante da mesa mais crítico e ao final do programa havia conquistado aparentemente a simpatia de todos.

Chegou a comentar o convite de possíveis conchavos, propostos por uma rede de televisão e CBF, para elege-lo como presidente da entidade uma vez que se fazia necessário a saída estratégica de Ricardo Teixeira. 

Particularmente ao assistir o programa, tive a forte impressão de estar vendo uma demostração do poder e do talento de algumas personalidades em transformar e justificar tudo o que fez e que faz em situações e atitudes naturais, próprias do meio. Políticos que se articularam e usaram seus conhecimentos e "recursos" desenvolvidos em anos de militância específica,  para se enraizar no mundo do futebol e por que não dizer responsáveis por estas administrações puramente políticas e  que atolaram nosso futebol nas condições que hoje se encontram.

Não acho que estamos na lama, mas com um deficit de desenvolvimento que nos coloca hoje em um patamar questionável no cenário mundial.

Fica evidente na entrevista, que nada é por acaso, que tudo é manipulado, que interesses comerciais antagônicos ao desenvolvimento dos clubes se sobrepõem em todas as situações e que existe uma iminência parda, facilmente identificável, que manda e dirige o futebol brasileiro. Todos apontarão a CBF como a principal responsável pelo fato do nosso futebol marcar passo, mas na verdade nada mais é que uma entidade representativa à serviço de uma "rede"  que determina os rumos das competições atendendo seus interesses comerciais e monopolistas

Sou otimista quanto ao futuro de nosso futebol, acredito que essas gerências estão perdendo a força. É possível reconhecer administrações hoje bem mais técnicas e profissionais que acabarão batendo de frente com a ganância  dos colonizadores. Os torcedores estão mais exigentes e já percebem que se resultados não vem dos campos, os principais responsáveis estão nas tribunas e não correndo atras da bola. Percebem um campeonato desorganizado com um calendário estranho, muito em razão dos que o controlam nos bastidores.

Essa revolução já está acontecendo e a ordem "natural" das coisas provavelmente mudará e não tenham dúvidas que será para melhor, uma vez que para pior seria uma "façanha" pouco provável.



domingo, 13 de abril de 2014

Quem paga o Pato ?

                                                            Um fiasco, um verdadeiro engodo, um desastre, um conto do vigário ou qualquer outro tipo de classificação para possivelmente a pior e mais cara contratação de um jogador de futebol, feita por um clube brasileiro.

Temos alguns exemplos que concorrem com a infeliz  negociação que culminou com a contratação do jogador Alexandre Pato pelo Corinthians, entre eles a de Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo.

Não ficou claro quanto o Flamengo pagou para ter R10, mas estima-se  próximos à R$ 60.000.000,00 . considerando o processo na Justiça do trabalho em que Ronaldo cobra da rescisão contratual esta em torno de R$ 48.000.000,00 somados ao que o Flamengo efetivamente deve ter pago.

Tivemos recentemente Leandro Damião, que pode, caso o Santos não consiga vende-lo por um bom valor depois da Copa do mundo desfalcar os cofres do clube da baixada.

Paulo Henrique Ganso, foi mais um com apelido de Ave, que aparenta dar prejuízos ao São Paulo, mas está sendo utilizado no time e as vezes agrada a torcida.

Temos muitos elementos comparativos, porém acredito e não me recordo de transferência alguma ter gerado um prejuízo maior para um clube brasileiro do que Alexandre Pato gerou para o Corinthians.

Pato foi comprado por R$ 45.000.000,00,  e o clube na época (inicio de 2013) veiculou na imprensa que era a totalidade do passe. Porém uma clausula contratual confirma que em uma possível transferência do jogador que ele tem direito a 40% do valor pago. Logo: O Corinthians tem 60% dos direitos econômicos deste,  oque projeta um valor final de  seu passe em R$ 63.000.000,00.

Para piorar, seu salário foi estipulado em R$ 350.000,00, somados a R$ 500.000,00 de direitos de imagem por mês que faz de seu contrato de 3 anos chegar ao estratosférico numero de R$ 30.000.000,00 mais o valor do passe, perfazendo um total de R$ 75.000.000,00

Causa estranheza  e perplexidade, um clube que nunca se arriscou em apostar mais que R$ 10.000.000, 00 nos últimos tempos em uma única contratação, desta vez  fez um investimento milionário em um atleta que estava em baixa tecnicamente e pasmem, no departamento médico do Milan,  o que atrasou meses para sua estréia e a incerteza quanto a  sua recuperação uma vez que vinha uma série de contusões de repetição.

O departamento médico do clube recuperou suas condições e forma física, porém não chegou a ser testado com a carga comum a qual é exposto um jogador de futebol profissional no Brasil, pois não conseguiu se firmar como titular no elenco e ficou mais no banco do que jogou.

Sua imagem, deve ter rendido alguma coisa no início, outrossim se queimou com a torcida e nos meios de divulgação com o passar do tempo.

A saída, foi troca-lo por um jogador que também não vinha agradando no Clube do São Paulo e  ficou acordado entre as partes que o empréstimo de Alexandre Pato se daria da seguinte forma :
Pato jogará pelo São Paulo, que pagará somente seu salário R$ 350.000,00 e o Corinthians R$ 500.000,00 referentes aos direitos de imagem.

Mesmo já tendo gerado um prejuízo de R$ 57.200,00 entre valor do passe, salários e direitos de imagem em 2013, continuará gerando um prejuízo de R$ 6.000.000,00 por ano ao Corinthians que está bancando os possíveis  ganhos com a imagem deste e o que é hilário para não dizer trágico em favor do São Paulo.

Desculpem-me, pelo enxurrada de números, uma vez que nem todo mundo gosta de textos que assim se descrevem, mas não conseguiria demonstrar sem eles o que acredito ser a contratação que deu o maior prejuízo à um clube brasileiro em todos os tempos.

Parabéns gestores responsáveis pelo recorde, não é sempre que alguém joga tanto dinheiro de um clube brasileiro na latrina em uma só contratação.

domingo, 6 de abril de 2014

Carnaval, Futebol e a Copa do mundo

                                                         


                                                                              Está em moda, contestar a realização da Copa do mundo em nosso país através de movimentos formados em sua essência por estudantes e setores sociais inconformados com os gastos ao que esta deu causa.

Particularmente cresci vendo, jogando e vivenciando futebol, bem como nosso carnaval. Não consigo imaginar minha vida e história sem esses componentes.

A influência cultural e emocional desses eventos, são tão fortes, que em época de carnaval   tem-se a impressão que os dias são mais bonitos, as pessoas estão mais alegres, a batucada, o samba e a música povoam nossas cabeças e nos levam a um estado surreal e por uma semana pelo menos ficamos anestesiados, participando ou mesmo somente assistindo à um fenômeno de êxtase coletivo.

O mesmo acontece com o futebol, esse porém com mais intensidade que se acentuam com finais de campeonatos e as copas, em especial a copa do mundo. São  dias em que pensamos, falamos, comemos e respiramos futebol. O efeito da Copa do mundo em nosso país, no ponto de vista emocional é impactante.

Temos hoje porém, uma corrente que acredita serem esses eventos culturais os principais motivos de nossos problemas. Racionalizam acontecimentos culturais centenários e talvez por serem de uma geração que vivenciou menos esses costumes não sintam a influência e a dependência emocional que particularmente me atinge.

Deviam atentar mais para exemplos que deram certo. O futebol tem efeito parecido em muitos países ricos e pasmem revolucionários de plantão, em países como Alemanha, Inglaterra e outros também bem sucedidos.

A principal diferença é que fazemos sempre da forma errada, ou seja, somente explorando e sugando seus dividendos sem se preocupar em melhorar sua qualidade e promover seu desenvolvimento.

O futebol gera empregos, lazer, cultura, e quando bem administrado é um ótima fonte de arrecadação e desenvolvimento.

Infelizmente nossos gestores e administradores, sugam tudo que o esporte tem de bom e de forma inescrupulosa como a maioria das gerências nesse país que não são profissionais e sim políticas direcionando, manipulando e conduzindo situações sempre em favor de seus bolsos.

O problema parece não estar no futebol  e sim nos que o administram. A Copa do mundo no ponto de vista econômico é um ótimo negócio. Promove um aquecimento na economia, gera projeção cultural  internacional, bem como um pico de no mínimo 1,5 % no PIB do país que a realiza no ano em que é realizado . No nosso caso algo em torno de R$ 40 Bilhões de Reais. Se bem conduzida, deixa legados em todos os setores importantes do país.

Mas, se os estádios são superfaturados, as obras de suporte em torno não são executadas,  o dinheiro é desviado da forma como foi e elefantes brancos são edificados, teremos somente o lado emocional, também abalado pelas circunstancias.

Quando pensarmos no que o futebol significa para nós no ponto de vista econômico, devemos considerar de como ele poderia nos favorecer se fosse feito de forma diferente e por pessoas idôneas, honestas e sérias e não como tudo é feito por aqui.

Nesse imbróglio, por uma boa parte da população está se criando um sentimento negativo quanto a conquista da Copa do Mundo pela nossa seleção, como se isto fosse mudar os rumos politico, econômicos de tudo o que acontece de errado por aqui.

Faz-se necessário lembrar, que os desmandos da dinheirama liberada e superfaturamentos de obras aconteceram em quase todos os Estados e Municípios e que e estes são administrados por políticos de quase todos os partidos atuantes no país.

Quanto ao impacto eleitoral, hoje não se pode mais dizer que o resultado no campo decidirá as eleições, como acontecia nas décadas de 70,80 e 90. A conquista da Copa das confederações mostra que a popularidade da atual presidente que vinha de uma queda de 27% no auge das manifestações e chegou aos 30% (junho de 2013) antes do evento, com a conquista deste subiu 6% ( 36% agosto de 2013). É necessário avaliar que mesmo que esses pontinhos talvez nem sejam  efeitos da conquista e podem ter ocorrido face aos encerramentos das manifestações. As vaias à Dilma e Blatter, pelos torcedores que compareceram na abertura dos jogos e a forma como cantaram o hino nacional, são exemplos de que hoje muitos sabem perfeitamente separar as coisas .

O mundo mudou, a informação e a concepção de ideias e opiniões mudam muito rápido em todos os setores da população.

 Não sei explicar o fenômeno, mas noto que ocorre até mesmo nas classes menos favorecidas quando o assunto é informação.

 Acho que podemos torcer pela seleção sim e deixarmos fluir nossa paixão pelo futebol sem medo que isso mude a nossa situação "geo politica econômica" e das próximas gerações.

Curta a Copa e pelo "Amor de Deus" não torça pela Argentina.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

É o fim do bom senso ?


                                                                               2013 foi um ano atípico para o futebol brasileiro, face  ao movimento realizado por alguns jogadores de expressão que tiveram quase em sua totalidade a adesão dos demais, bem como imprensa e clubes, contra os desmandos dos realizadores dos campeonatos Brasileiro e Estaduais e se auto denominaram "Movimento Bom Senso"

Os principais mentores e mobilizadores foram os jogadores Paulo André, Alex,  Rogério Ceni e o holandês Seedorf, que se posicionaram contra a quantidade excessiva de jogos e a falta de tempo para uma pré temporada no inicio do ano, por causa dos campeonatos regionais. 

As Federações se sentiram ultrajadas com a  promessa de uma greve dos jogadores se  a situação não fosse modificada, porém de momento, declararam reconhecer  os direitos reivindicados e alteraram o calendário conforme, alegando que 2014 é um ano de calendário atípico em razão da Copa do mundo, quando sabemos que todo ano é a mesma coisa. 

Os senhores do futebol e neste contexto me refiro aos dirigentes de federações regionais estaduais, CBF e o canal de televisão que transmite e investe milhões, detendo todos os direitos de transmissão deste, acostumado a mandar, ditar dias e horários em que se realizarão, sem sequer se preocupar com a qualidade deste ou direitos dos jogadores, provavelmente também se mobilizaram para combater essa afronta.

Seedorf voltou para o Milan, Alex saiu de cena e não está mais em evidência, Rogério continua no São Paulo, porém somente por mais um ano e em fim de carreira. Paulo André o mais atuante foi vendido para um clube Chinês após mais uma mobilização e nova ameça de greve, só que desta vez contra o próprio clube que o emprega.

A saída de cena de 3 dos 4 principais componentes do movimento "Bom Senso", deixa Rogério Ceni como principal representante deste, mas acho que seu perfil e suas intenções politicas dentro do clube que o emprega (São Paulo FC) farão com que se afaste de polêmicas e situação de confronto.

Um movimento justo e bem articulado, porém parece não ter durado 6 meses. Se ainda existir está bem mais enfraquecido e que deixa a classe dos jogadores profissionais  renegada à uma representatividade de sindicatos que  pouco atuam.

Esse episódio gerou ações contrarias e manipulações dos "Donos do Futebol Brasileiro" ? A atual situação  foi fabricada ou tudo ocorreu por acaso ?

Quando a uma certa altura de minha vida,  passei a refletir sobre situações e fatos, bem como a influência e manipulação dos que detém o poder sobre estes, mudando a direção das tendências, forçando ocorrências, induzindo opiniões e conduzindo possibilidades, não apostaria um centavo sequer que os fatos se deram ao acaso.

Os manipuladores detém o poder, e quando inteligentes, fazem com que fatos pareçam naturais travestindo intenções  e convencendo os menos atentos.

Essa estrutura enraizada que não permite que nosso futebol e nossos  clubes atinjam um nível acima e não sejam tão dependentes de federações e direitos de televisão, continua inabalada e provavelmente reinará por muito mais décadas para infelicidade dos que somente participam na qualidade de torcedores.




sábado, 11 de janeiro de 2014

Clubes, marcas e novas tendências.



                                              Nada dura para sempre e parece que no mundo do futebol essa máxima também se aplica. 

Muitos clubes que eram considerados grandes e gigantes no cenário mundial, bem como nacional, já não fazem mais jus ao status que ainda detém.

Nosso campeonato mostra realidades e tendências explicitas nas diferenças de orçamento e arrecadação dos clubes que a compõem. O famoso clube dos 13 (grandes) é questionável hoje se todos são grandes ainda e que posição ocupam no real cenário nacional.

Hoje temos os clubes, cujo orçamento evoluíram fantasticamente esses últimos anos (Corinthians e São Paulo ) e se estabeleceram na faixa dos R$300.000.000,00. Num bloco maior, estão inseridos clubes que se encontram próximos dos R$ 200.000.000,00 e os demais próximos dos R$ 100.000.000,00.

Vale observar, que estranhamente os clubes mencionados Corinthians e São Paulo, apesar da vantagens que tem, ainda se comportam como times vitrines,  com politicas direcionadas revelar e vender jogadores e não se preocupam em preencher os pontos fracos do time com jogadores já testados e que se encontram no mercado.

Clubes consagrados e considerados grandes como Fluminense e Vasco da Gama, hoje tem um orçamento pequeno em relação a evolução orçamentária dos demais nos últimos anos e se estabeleceram no ultimo grupo. Para se manterem em evidência gastaram mais do que arrecadam e estão atolados em dívidas que deixa a tarefa de se manter entre os grandes ou até médios bastante difícil. Isso vem se refletindo em resultados  e tanto o Vasco como o Fluminense dentro de campo caíram para a segunda divisão.

Aparentemente clubes com potencial inquestionável e com boas administrações poderão subir de patamares e talvez até alcançar Corinthians e São Paulo. Obviamente me refiro ao Flamengo e alguns poucos que vem fazendo bons trabalhos.

Quando administrações profissionais trabalharem esses orçamentos, investindo na marca, como se faz na Europa (a maioria dos clubes sem dúvida), as diferenças ficarão latentes como acontece no continente citado.

Times sazonais, poderão não vingar pois baterão de frente com bons elencos estabelecidos ao longo de anos de investimentos.

Provavelmente teremos um bloco com poucas oscilações, 5 ou 6 times grandes disputando tudo na parte de cima dos campeonatos e os demais brigando por um lugar ao sol e fugindo do rebaixamento. 

É possível ainda a evolução de um deles para um gigante das Américas, mas isso hoje com os atuais cartolas que compõem as cúpulas administrativas dos clubes parece pouco provável.

O Campeonato brasileiro ganhará qualidade com os estádios novos e também com trabalhos e elencos melhores, porém o poder monetário tirará o brilho de clubes centenários e consagrados que possivelmente viverão de história.

Muita água ainda passará por debaixo da ponte, mas fortes tendências desfilam aos nossos olhos e é impossível não considera-las e achar que a história e o glamour de outrora será a condição principal que manterá clubes consagrados nas alturas.



sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Lobo em pele de cão pastor.




                                                     
                                                                                  Quem acompanha os canais esportivos "fechados", deve ter notado que o canais ESPN, através de seus diversos programas relacionados, se mostraram com uma posição bastante crítica e contundente em relação a realização da Copa do mundo no Brasil.

Seus comentaristas, com exceção de poucos, questionaram gastos excessivos, desapropriações, reformas de estádios, uso do dinheiro público etc... . Foram apresentados filmes, matérias de curta duração e reportagens de forma intermitente principalmente durante a Copa das Confederações.

Muito desse material era legítimo e uma parte parecia exagero, mas era evidente um posicionamento contrário ao evento, chegando ao ponto de alguns comentaristas fomentarem as manifestações, comparado-as  as anteriores contra o regime militar e pelas diretas já, potencializando os conflitos em torno dos estádios.

Ocorre, que tal postura mudou repentinamente e de uns meses para cá, desde que a empresa passou a se apresentar como uma emissora licenciada para transmitir a copa do mundo, os videos, filmes e comentários inflamados cessaram. 

Os alvos da emissora eram Joseph Blatter, José Maria Marin, Jérôme Valker e todos os envolvidos diretamente na realização do evento.  Agora fazem entrevistas, coberturas das etapas do evento e se limitam a algumas cutucadas em tom de ironia.

O que se conclui com tudo isso é que toda aquela indignação, preocupação com o dinheiro público e revolta  com as instituições, nada mais eram que uma campanha para tentar prejudicar o evento pois não estavam fazendo parte dele.

Agora que tem a licença de transmissão e que devem ter pago muito por ela,  fazem a apologia desta igual aos demais. Uma técnica simples e facilmente identificável, aponta-se somente o lado negativo dos acontecimentos quando lhe interessa e pondera quando o alvo é explorar seu ganho comercial.

Inconcebível para comentaristas famosos dentro da emissora reconhecidos "pais da moralidade", mas que na verdade são garotos propaganda da emissora, fazendo o jogo de interesses do patrão. Gostaria de ver se "alguns" continuarão torcendo contra a seleção, como apesar de desmentirem deixaram a forte impressão na Copa das Confederações.

Torcedor, fique atento, os que atacam tem interesses para tanto, os que defendem também os tem e brincam com nossa audiência manipulando opiniões e tendencias.

"Quando o rebanho tem uma noção aonde está o lobo é bem menos perigoso de quando o lobo está vestido de cão pastor."