Quanto e quem paga a conta ? Manifestações contra a copa do mundo já viraram a coqueluche do momento. Manifestantes reclamam um gasto de mais de 30 Bilhões, o governo fala em 28 e afirma que 8 foram gastos em infraestrutura.
Se os números são aproximadamente estes, então temos que reclamar uns 20 bilhões. Uma vez que não se consegue quantificar qual o impacto real da Copa do mundo no País que a realiza no ponto de vista econômico financeiro (o retorno), podemos utilizar como base o PIB anual dos países que a realizaram.
Assim temos, constatadamente um aumento no PIB desses países sede de 1 à 2 % acima do que normalmente vinham tendo. Nosso PIB 2012 foi 4,4 Trilhões, se considerarmos o mínimo (1%) deveremos ter um aumento de 44 Bilhões no PIB entre 2013 e 2014 http://economia.ig.com.br/conheca-os-efeitos-da-copa-e-da-olimpiada-na-economia-dos-paises/n1597563440108.html .
Considerando que o dinheiro já foi gasto (talvez com superfaturamentos e outros absurdos) e agora não temos mais como mudar isto, se tentarmos melar a Copa, perderemos o retorno, que além de ser superior aos gastos, tem um efeito muito positivo na economia que afeta a todos nós. http://blogdojuca.uol.com.br/2013/06/por-que-voce-nao-deve-boicotar-a-copa/
Quanto ao legado, os elefantes brancos (4) só Deus sabe como sobreviverão, mas ainda existe a possibilidade de transforma-los, ou pelo menos alguns deles em centro de excelência de futebol. Transforma-los em uma superescola de futebol, com alojamentos para jovens atletas, desenvolvimento de árbitros e técnicos e estudos avançados. Quanto aos demais, serão utilizados em nossos campeonatos que passarão a ter agora estádios de altíssimo nível, igual a aqueles que babamos quando vemos nos campeonatos Europeus.
Seria mais interessante, curtir a copa e a grana que deverá entrar, mas exigir que esse mesmo investimento de 20 Bilhões em estádios, sejam feitos em 2014, na construção de escolas e hospitais e de preferência não superfaturados.
Vamos nos manifestar sim, mas com conhecimento de causa, com um foco e respeitando o direito daqueles que não o estão fazendo. Sem parar cidades para coagir governos e a população contrária. Sem sermos usados por grupos criminosos que estão adorando esse excesso, para roubar tudo que encontram pela frente. Devemos nos manifestar sempre com a certeza de que não somos massa de manobra política da oposição ou de radicais malucos da internet.
